A política sempre foi bastante acirrada para a Câmara Municipal.
Anuladas as eleições para vereadores e Juizes de Paz, realizadas em setembro de
1840, foi determinada novas eleições para o dia 13 de dezembro do mesmo ano.
Os Nortistas (conservadores) tentaram garantir a vitória do pleito,
instaurando processos contra pessoas qualificadas. Os Sulistas (liberais)
pediram garantia ao presidente da província D. Manoel Mascarenhas para a
realização do pleito.
O presidente da Província encaminhou a Vila Nova da Princesa, 22
praças sob o comando do tenente JOSÉ DE SOUZA CALDAS.
No dia da eleição, a tropa
ficou postada defronte a casa do Coronel Wanderley (atual sobrado da Casa de
Cultura Popular. Os irmãos Francisco e Varela Barca postados no adro da Igreja
com 70 eleitores dispararam contra os soldados. Logo se estabeleceu o caos.
Na tentativa de impedir as eleições, morreram, em consequência dos
disparos o Juiz de Ófãos FRANCISCO VARELA BARCA (teve morte no altar de Nossa
Senhora), e seu irmão JOSÉ VARELA BARCA foi ferido no patamar da Igreja São
João Batista, vindo a morrer dias depois.
O governador Manoel Assis
Mascarenhas acudiu com 200 homens da Polícia e da Guarda Nacional que
permaneceram seis meses na Vila, para conter os ânimos.
Os irmãos Varela Barca estão sepultados na Matriz de São João
Batista em Assu (Silveira, 1995; 72).
Este acontecimento forçou a população a lutar pela emancipação
política para que pudesse contar com uma pessoa capaz de ordenar as ações
políticas e administrativas do município de Assu.
FONTE – LIVRO ASSU DOS JANDUÍS AO SESQUECENTENÁRIO, DE IVAN PINHEIRO
PREFEITO DO ASSU
O prefeito do Assu na época do Fogo Quarenta era o
Coronel Manoel Lins Wanderley, que governou o município de 1840 a 1841. Ele
nasceu no dia 22 de março de 1804, filho de Gonçalo Lins Wanderley e de Maria
Francisca de Macedo. Casado com Maria da Trindade Wanderley. Foi deputado Provincial, tomando parte na
instalação da Assembleia Legislativa Provincial a 02 de fevereiro de 1835.
Faleceu em 1878.
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR
O comandante da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, na
época do Fogo Quarenta Assu era o
Capitão Matias Carlos de Vasconcelos, que esteve no comando no período
de 21 de junho de 1839 a 21 de novembro
de 1849.
FONTE – LIVRO HISTÓRIA DO BATALHÃO DE SEGURANÇA, DE RÔMUULO
WANDERLEY